Por Governo Federal
Três casos de Guillain-Barré colocaram em estado de atenção a Secretaria Municipal de Saúde de Anápolis, a 156km de Brasília. A pasta investiga se as infecções estão associadas ao zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti. Os pacientes Jaime Francisco da Cunha, 69 anos, e Thiago Henrique Leite, 29, estão internados no Hospital de Doenças Tropicais, em Goiânia — em situação estável, segundo a unidade. O outro paciente se encontra em uma unidade particular e não teve a identidade revelada. O resultado dos laudos sai em até 60 dias. Goiás, estado com a maior incidência do mosquito segundo o Ministério da Saúde, identificou 21 casos de zika até o último dia 6. Oitenta e nove suspeitas são analisadas.
A síndrome causa paralisia do corpo. Os doentes estão sendo tratados. O idoso deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis na sexta-feira. Segundo a Assessoria de Comunicação da instituição, o homem teve de ser transferido devido a complicações da doença. “Durante o período que esteve aqui, ele recebeu todo o tratamento possível, mas, clinicamente, seria mais seguro a transferência”, informou, em nota.
O rapaz teria apresentado os primeiros sintomas no último sábado. Com a evolução da síndrome, ele não consegue sentir o corpo e está com braços e pernas totalmente paralisados. O Hospital Municipal de Anápolis Jamel Cecílio confirmou que o paciente estaria com suspeita de dengue. “Acompanhamos os casos. Existem várias causas para a síndrome. Ela pode ocorrer por infecção de uma série de vírus, inclusive o zika. Estamos investigando para saber a real causa”, explicou o secretário estadual de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela.
Ontem, uma terceira pessoa deu entrada no Hospital Evangélico Goiano (HEG), em Anápolis. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele é morador de Niquelândia e apresentou febre e diarreia. O quadro clínico teria evoluído para Guillain-Barré no início da tarde de ontem. A unidade médica particular não divulgou a identidade do paciente até o fechamento desta edição.
Nasser Allam, integrante da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), explica que, em casos extremos, o doente pode ter paralisia facial e da musculatura do tórax — o que impediria a respiração. “Essa síndrome é uma doença autoimune. O próprio organismo da pessoa ataca os neurônios. Em alguns casos, é necessário que ela seja encaminhada para uma UTI. Outro risco é a síndrome atingir o sistema nervoso autônomo e a musculatura do coração. Se a pessoa tiver alteração de pressão, arritmia e alguma predisposição cardíaca, pode morrer”, detalhou o especialista.
Na capital federal, apenas em 2015 houve o registro de 19 casos da síndrome de Guillain-Barré. A Secretaria de Saúde não informou se os casos têm ligação com as doenças transmitidas pelo Aedes. A ocorrência da síndrome neurológica relacionada ao zika vírus foi confirmada após investigações conduzidas em Pernambuco, a partir da identificação do micro-organismo em amostras de seis pacientes. Desse total, quatro foram confirmadas com doença de Guillain-Barré. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) dispõe de tratamento integral para a síndrome.
Avanço
Anápolis registrou 2.558 casos de dengue neste ano — alta de 386% em relação ao mesmo período de 2015. O município está na vice-liderança do ranking de Goiás, estado que mais registrou a infecção. A cidade está em alerta máximo para a alta incidência do inseto. Perde apenas para Goiânia, com 6.570 notificações. “Estamos concentrando forças no Entorno e na região metropolitana de Goiás. A falta de saneamento básico é um agravante. Problemas com coleta de lixo e tratamento de água, por exemplo, aumentam os criadouros”, justificou o secretário Leonardo Vilela, ao ressaltar que conta com apoio do DF para o combate na região. Na sexta-feira, representantes dos dois governos se reúnem em Luziânia para definir os parâmetros do termo de cooperação técnica.
Goiás possui 21 casos de zika confirmados, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde. De acordo com o Boletim Epidemiológico, no ano passado, houve 106 notificações e 64 estão em investigação. Há a confirmação de 13 infecções nesse período. Na primeira semana de fevereiro, 98 casos foram registrados, sendo que um está descartado, segundo informações do governo goiano. Das oito pessoas que contraíram zika em 2016, cinco moram em Goiânia, duas em Trindade e uma em Itumbiara. “Não há mudança de estratégia em relação ao que nós pensamos no fim do ano passado, que é a erradicação do mosquito. O tratamento é de suporte, como a maioria das doenças provocadas por vírus”, destacou o secretário.
A síndrome causa paralisia do corpo. Os doentes estão sendo tratados. O idoso deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis na sexta-feira. Segundo a Assessoria de Comunicação da instituição, o homem teve de ser transferido devido a complicações da doença. “Durante o período que esteve aqui, ele recebeu todo o tratamento possível, mas, clinicamente, seria mais seguro a transferência”, informou, em nota.
O rapaz teria apresentado os primeiros sintomas no último sábado. Com a evolução da síndrome, ele não consegue sentir o corpo e está com braços e pernas totalmente paralisados. O Hospital Municipal de Anápolis Jamel Cecílio confirmou que o paciente estaria com suspeita de dengue. “Acompanhamos os casos. Existem várias causas para a síndrome. Ela pode ocorrer por infecção de uma série de vírus, inclusive o zika. Estamos investigando para saber a real causa”, explicou o secretário estadual de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela.
Nasser Allam, integrante da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), explica que, em casos extremos, o doente pode ter paralisia facial e da musculatura do tórax — o que impediria a respiração. “Essa síndrome é uma doença autoimune. O próprio organismo da pessoa ataca os neurônios. Em alguns casos, é necessário que ela seja encaminhada para uma UTI. Outro risco é a síndrome atingir o sistema nervoso autônomo e a musculatura do coração. Se a pessoa tiver alteração de pressão, arritmia e alguma predisposição cardíaca, pode morrer”, detalhou o especialista.
Anápolis registrou 2.558 casos de dengue neste ano — alta de 386% em relação ao mesmo período de 2015. O município está na vice-liderança do ranking de Goiás, estado que mais registrou a infecção. A cidade está em alerta máximo para a alta incidência do inseto. Perde apenas para Goiânia, com 6.570 notificações. “Estamos concentrando forças no Entorno e na região metropolitana de Goiás. A falta de saneamento básico é um agravante. Problemas com coleta de lixo e tratamento de água, por exemplo, aumentam os criadouros”, justificou o secretário Leonardo Vilela, ao ressaltar que conta com apoio do DF para o combate na região. Na sexta-feira, representantes dos dois governos se reúnem em Luziânia para definir os parâmetros do termo de cooperação técnica.
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