O que esperar de um governo que se move pela vingança? Definitivamente, as perspectivas não sãos as melhores. Em apenas 20 dias, a atual gestão já deu aos maranhenses amostras claras de que está disposto a perseguir quem bate de frente com o modo extremista de governar ora em prática no estado. Pelo que se viu até agora, a impressão que se tem é que o futuro do Maranhão não será de bonanças, pelo menos nos próximos quatro anos.
Como bem registrou o imortal Joaquim Itapary, o grupo que atualmente comanda o Estado parece brincar de governar. E o que é pior, os novos ocupantes do Palácio dos Leões estão visivelmente perdidos, sem a menor noção de prioridade, muito menos da grandeza que representa a tarefa de conduzir uma unidade da federação rumo ao melhor destino.
Nem mesmo o povo é poupado da sanha vingativa e da perseguição contumaz que hoje imperam no Maranhão. Que o digam as dezenas de milhares de servidores públicos estaduais, que por imposição do novo governador, não mais receberão seus salários dentro do mês trabalhado, sofrendo, com tal medida, transtornos financeiros, como o atraso de pagamentos de dívidas e o consequente acréscimo de juros às suas contas.
Vale ressaltar que grande parte desses funcionários, provavelmente a maioria, votou em Flávio Dino para governador. Muitos até fizeram campanha para ele, na esperança de obter alguma melhoria para si a para suas famílias. Hoje, menos de um mês após a posse do novo governante, multiplicam-se as vozes de arrependimento. E a tendência é que o coro engrosse, pois nada indica que cessarão os equívocos, omissões, contradições e ideias mal-sucedidas que marcam este curto período em que o Maranhão está sob o jugo comunista.
É de impressionar a voracidade com que os atuais donos do poder se lançam em direção ao Convento das Mercês, com o único propósito de desqualificar o acervo cuidadosamente reunido e doado ao povo pelo estadista José Sarney durante o seu mandato presidencial. Fazem isso para atingir um adversário político, sem se dar conta de que cometem um atentado criminoso à memória do Brasil.
Um governo que não admite o confronto de ideias atrai para si a pecha autoritária tão comum ao fascismo. Enquanto cultiva o ódio extremo, o grupo dominante de agora deixa de realizar ações que mantenham o Maranhão no rumo do desenvolvimento, como vinha ocorrendo nas últimas duas décadas.
A cada dia, a atual gestão deixa transparecer que está desnorteada, tomada por catarse e pelo deslumbramento típico dos despreparados. A postura é de quem ainda não desceu do palanque, talvez por não saber o que fazer além propagar discursos. Na verdade, muito do que os novos governistas dizem não encontra respaldo na prática, seja por incompetência, seja por pura má vontade.
O governo apenas começou. Portanto, há tempo de sobra para que Flávio Dino mostre de fato a que veio e evite que seus conterrâneos amarguem uma decepção histórica.
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